Campeonatos que não são mais disputados na Pantécia (exceto Copa da Pantécia, Liga da Pantécia, Taça da Pantécia e os antigos regionais).
Copa Duas Estrelas (1930-1940)[]
Primeiro campeonato de proporções nacionais no país; foi organizado pela extinta Associação Nacional de Foot-Ball (ANFB).
As duas edições iniciais contaram com quatro times de Bonfim, três de Mendoza, Atlético da Ilha, Athletic Club de Torre Azul e o Cultural de Novo Atlas; as dez equipes dividiram-se em dois grupos de cinco, onde passavam dois para as semifinais. Em ambas, o hoje extinto Español de Mendoza foi campeão, cada uma sobre um bonfinense, o que gerou muita gozação de espanhóis e mendozanos.
Em 1932, mais duas equipes foram incluídas, transformando a copa em dois hexagonais; o título acabou com o Athletic, também extinto, e o Español ficou com o vice. No ano seguinte, a mesma formatação. A final acabou sendo, para delírio da capital, entre dois bonfinenses: Americano e Portuguesa, com vitória do primeiro.
Em 1934 a copa ganhou mais um time e foi feita em dois grupos: um com sete e um com seis. A final foi um clássico do passado: Portuguesa (Bonfim) e Español de Mendoza. O clube mendozano levou a melhor e emplacou o tri. No ano seguinte, três combinados de cidades entraram, perfazendo 16 equipes e permitindo dois octogonais com quartas-de-final. A Portuguesa mais uma vez chegou à decisão, mas foi surpreendida pelo então emergente Sport de Mendoza.
Em 1936 pela única vez a final não teve clubes nem de Bonfim nem de Mendoza: o Athletic derrotou a surpreendente seleção de Capitão. No ano seguinte, novamente domínio mendozano, com o tetra do Español e o Clube Euro-Panteciano de Mendoza (também extinto) com o vice.
Finalmente em 1938 a capital se espalhou: a semifinal teve três bonfinenses e a final terminou sendo o grande clássico Cinco x Americano, que rendeu o bi aos rubro-azuis. Em 39, várias equipes foram substituídas; não a Portuguesa, que finalmente sagrou-se campeã após uma final suada contra o Athletic.
No ano derradeiro, a competição foi enxugada, passando a ter de novo 12 times; a final entre Portuguesa e Sport de Mendoza prometia ser equilibrada, ambos vinham bem e tentavam o bi; mas a lusa venceu fácil os dois jogos.
Ano | Nº Participantes | Campeão | Vice |
---|---|---|---|
1930 | 10 | Club Español de Mendoza | Americano |
1931 | 10 | Club Español de Mendoza | Cinco de Setembro |
1932 | 12 | Athletic Club Torre Azul | Club Español de Mendoza |
1933 | 12 | Americano | Portuguesa |
1934 | 13 | Club Español de Mendoza | Portuguesa |
1935 | 16 | Sport de Mendoza | Portuguesa |
1936 | 16 | Athletic Club Torre Azul | Seleção de Capitão |
1937 | 16 | Club Español de Mendoza | C. Euro-Panteciano de Mendoza |
1938 | 16 | Americano | Cinco de Setembro |
1939 | 16 | Portuguesa | Athletic Club Torre Azul |
1940 | 12 | Portuguesa |
Sport de Mendoza |
Taça da Renovação (1948)[]
Primeira competição nacional organizada pela Federação Panteciana de Desportos (FPD). Representava a congregação de times de diversas partes do país num campeonato nacional depois da sucessão de desentendimentos e brigas que culminou no fim da ANFB.
Foi uma confusão total. A FPD, com uma mentalidade "agregadora", permitiu a inscrição de equipes amadoras, seleções de cidades... Viu-se com o problema de elaborar um regulamento para uma competição com 49 participantes. Acabou selecionando as 19 que considerou "mais amadoras" e as colocou para fazer pontos corridos; as dez melhores se juntariam às demais na segunda fase. Mas... e as demais? Para não deixá-las paradas, a FPD as dividiu em seis pentagonais, onde passava um de cada para um hexagonal final. O campeão deste "campeonato paralelo" enfrentaria o "campeão das amadoras" num jogo que valeria o Troféu Robério Marcony, o que equivalia a um primeiro turno. O Cinco de Setembro acabou sendo campeão dos "profissionais" e destroçou o adversário (Cia. Elétrica de Insula) por 6 x 2.
Concluído o "primeiro turno", as 40 equipes dividiam-se em grupos de dez, onde quatro de cada avançariam para um mata-mata que renderia ao campeão o Troféu da República Federal e garantiria aos quatro melhores participação na Fase Final decisiva, juntamente com o campeão do Robério Marcony e do de um terceiro turno por vir. Esses quatro foram Americano, Club Español de Mendoza, Atlético da Ilha e Portuguesa, sendo Americano o campeão.
O "terceiro turno", oficialmente Troféu das Duas Faixas, foi disputado pelas 24 melhores equipes do turno anterior em seis quadrangulares, que evoluíam para quartas-de-final e assim por diante. O melhor foi o Americano; como já estava garantido na fase final, a vaga ficou com o vice, no caso o Sport de Mendoza.
Por fim, a Fase Final. Muito simples: os seis clubes faziam dois triangulares e o líder de cada passava à finalíssima. Num grupo, Americano, Español e Sport; no outro, Cinco, Portuguesa e Atlético. No primeiro, o Sport perdeu força e ficou pra trás, deixando a briga com os outros dois - acabou passando o Americano. Na segunda chave, deu Atlético. A final teve um vencedor para cada jogo; na partida-desempate, jogada em Mendoza a fevereiro de 1950, o Americano deu 4 x 2 e foi campeão.
Copas dos Presidentes (1954-1960)[]
Denominam-se "Copas dos Presidentes" os campeonatos organizados pela FPD entre 54 e 60, isso porque foram três competições que só se diferenciaram, na realidade, por terem nomes diferentes, homenageando, cada uma, o presidente de sua época.
Esse ciclo começou com a Gaspar Alves 54, que inseriu times de diferentes cidades pantecianas, sendo no máximo 3 clubes por cidade. De Bonfim vieram Americano, Cinco de Setembro e Portuguesa; de Mendoza, Sport, Español e o então recente Santa Cruz. Também figuraram pela primeira vez no cenário nacional o Colégio Estadual de Novo Atlas e o Internacional de Insula. No total, 20 equipes em quatro pentagonais, onde passavam dois de cada para o mata-mata. A final acabou sendo entre dois mendozanos, Sport e Santa. O popular e emergente Santa Cruz surpreendeu a nação ao chegar na final; o confronto com o Sport ajudou a criar a rivalidade existente até hoje. Foram jogos quentes e cheios de tensão, uma vitória para cada. No jogo desempate, entretanto, o Sport sagrou-se campeão. Com mais dois clubes aconteceu a edição do ano seguinte, onde os dois novos mais os dez piores de 54 faziam dois grupos de seis e os demais, dois grupos de cinco. No mais, regulamento igual. Internacional e Porto Fundo surpreenderam ao chegar às semifinais, mas acabaram eliminados por Cinco de Setembro e Americano, respectivamente. A final foi de novo um clássico; desta vez, deu Cincão.
1956 veio com a mudança de presidente e também mudou o nome da copa, que foi enxugada para 16 times; dentre os que saíram estava o Español, cambaleante financeiramente, que retornaria em 58 para fazer duas péssimas campanhas e se licenciar do futebol. A final acabou sendo mais uma vez o grande clássico bonfinense, mas agora o vencedor foi o Americano. No ano seguinte, os mesmos participantes; o Internacional, jogando com calma e rigidez tática surpreendentes, chegou à decisão e sustentou dois empates com o embalado Americano, mas no jogo-desempate a equipe da capital levou o caneco.
1958: Novamente foram adicionadas equipes à disputa, deixando o certame de novo com 20 participantes. A Portuguesa finalmente foi premiada por sua regularidade e chegou à final, mas o Cinco de Setembro vinha com sangue no olho e derrubou a Lusa nas duas partidas. No ano seguinte, a mesma formatação; o Atlético da Ilha, time que já tinha seus adeptos e fazia jogo duro com qualquer adversário, pela primeira vez na história chegou à decisão de um nacional; não só chegou como levou. O vice foi o Sport de Mendoza. No último ano do ciclo, com a competição denominada Raúl Pantís, a Portuguesa foi campeã, tendo o Americano como vice.
Denominação/ano | Nº Participantes | Campeão | Vice |
---|---|---|---|
Copa Gaspar Alves 1954 | 20 | Sport de Mendoza | Santa Cruz |
Copa Gaspar Alves 1955 | 22 | Cinco de Setembro | Americano |
Copa Mário Graça 1956 | 16 | Americano | Cinco de Setembro |
Copa Mário Graça 1957 | 16 | Americano | Internacional |
Copa Mário Graça 1958 | 20 | Cinco de Setembro | Portuguesa |
Copa Mário Graça 1959 | 20 | Atlético da Ilha | Sport de Mendoza |
Copa Raúl Pantís 1960 | 18 | Portuguesa | Americano |